(...) A solução passa por horários flexíveis, pelo trabalho a tempo parcial, pelo teletrabalho, por licenças de paternidade e maternidade, pela noção (que é necessário inculcar na cabeça dos gestores) de que trabalhar não é fazer horas, por uma organização de trabalho (mais uma vez dos gestores) que não considere que os trabalhadores devem compensar com horas extras todas as ineficiências do processo produtivo, por transportes para ir levar e buscar as crianças às escolas, etc. Passa também por uma nova atitude dos sindicatos, que têm de incluir a qualidade da vida familiar dos trabalhadores no centro das suas preocupações e exigências. A questão é que as crianças não podem ser obrigadas a fazer horas extrordinárias nas escolas em prol das empresas. A simples ideia é revoltante. (...)
José Vitor Malheiros, in Público, Hoje, página 33
vale a pena ler o texto todo...
parece-me que , há semelhança de outros países, é nesta triste realidade que o nosso Portugal se está a tornar. os "patrões" só querem saber dos lucros, da produtividade, pedindo sacrifícios e esquecendo-se do "outro lado", dos trabalhadores, que - até quando? - ainda têm alguns direitos. sobretudo direitos no que diga respeito ao acompanhamento das suas famílias...