Senhor profissional da construção civil: o senhor comprometeu-se a executar a empreitada lá de casa a preço de amigo. Agradeci-lhe a amabilidade no orçamentado e selei o acordo com um vigoroso aperto de mão.Tirava o chão velho, colocava pavimento novo, arrancava a mobília obsoleta e aparafusava -me à parede 15 módulos do IKEA (que eu tive o prazer de montar para lhe adiantar serviço). Ajustei as sobras das minhas férias para a altura acordada e esperei que o senhor iniciasse a tarefa para que foi contratado. Esperei segunda-feira, sentado. Esperei terça-feira, ainda sentado mas já a coçar-me todo. Na quarta, e sem sinal do contacto móvel que me tinha fornecido, vociferei alguns impropérios. A Maria apavorou-se com a minha terminologia e logo fez saber a familiares próximos que eu, descontrolado, estava pronto para o abater. Devo esclarecer, senhor profissional da construção civil, que não era meu intuito tirar-lhe a vida, pois não tenho índole para esse género de procedimento. Confesso, isso sim, que estava embaladíssimo para lhe infligir três ou quatro pauladas na fronte, só para aleijar e deixar outros tantos lanhos na sua couraça de pessoa pouco séria. Estou há quatro dias a alimentar-me a pizzas e sandes, tenho a casa virada do avesso e o frigorífico a ruminar mesmo junto ao sofá onde desentorpeço a carcaça. Mas, se Deus Nosso Senhor consentir, hoje já devo ter uma cozinha nova
senhor gajo apropriei-me da tua prosa, não saberia descrever o que se passou na última semana sem deixar aqui uma série de caracteres "#$$&$%. como tal, decidi deixar aqui as tuas palavras acerca do incidente obreiro.
o empreiteiro continua sem dar sinal de vida... nem sequer uma explicação...
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