para 2012

um pouco mais

perfumes da minha vida











depois da inundação de anúncios de perfume na tv como sugestões para prendas de Natal, lembrei-me dos cheiros que já me fizeram companhia
se eu não fosse uma gaja tão desorganizada não me tinha esquecido onde escondi duas prendas que o Pai Natal acabou por não trazer...

one day

e agora que se está a aproximar cada vez mais a hora começo a ficar com um friozinho na barriga.
ah, e medo. sim. um bocadinho de medo.
mas o resultado será uma melhoria clara na minha qualidade de vida, por isso: bola para a frente!!

M.

ainda no outro dia conseguia pegar em ti só com uma mão...
e já passaram dois anos. dois anos em que descobri que o amor de mãe se multiplica.
apesar de, para mim, cada uma das minhas filhas ser especial à sua maneira.
parabéns M. e que venham mais cabelos brancos e sustos de coração apertado.

anjinhos de Natal

há três anos que o nosso Natal tem mais magia, graças à @na pois foi ela quem nos apresentou os Anjinhos de Natal:

Os anjinhos são crianças desfavorecidas, às quais o Exército de Salvação, com a nossa participação e de colaboradores de muitas empresas ajudam a ter um Natal mais alegre. As crianças mais carenciadas são seleccionadas pelo Exército de Salvação, que faz a pesquisa no terreno junto das famílias mais necessitadas e com o apoio das assistentes sociais nas escolas. Depois de seleccionados os nomes e idades das crianças são colocados num cartão com o pedido da prenda.



O anjinho é o cartão onde vem mencionado a idade e o presente da criança em causa; um brinquedo e um fato de treino para a idade. Todos os anjinhos correspondem a uma criança específica, por esse motivo em todos os presentes deve ser colocado o número correspondente à criança, este número vem mencionado no cartão-anjinho e no email onde recebem a informação.




Estes pedidos devem ser feitos no máximo até dia 15 de Novembro e a data de entrega dos presentes será feita até ao dia 30 de Novembro nos locais mencionados.

já  'conheço' os anjinhos deste ano e a nossa árvore vai voltar a ficar mais rica com a presença dos anjinhos.
em tempos de crise não custa nada, ou não custa assim tanto, poder fazer feliz mais duas crianças que não as minhas.

resistências

quatro semanas de infantário. uma faringite viral.
duas semanas de infantário. para já um dia de febre...
para quando as resistências?!

verão e outono

sou míuda de verão. não sei se por ter nascido na estação, mas sou míuda de verão.
este outono está a ter mais de verão que propriamente da estação que lhe dá nome.  e assim, este ano, as minhas estações preferidas estão mais perto uma da outra.
no verão há praia. mergulhos de mar. areia a escaldar porque os chinelos aleijam. redes que trazem os peixes quando o sol se começa a pôr (lembro-me como se fosse ontem, de eu e o meu pai vermos os peixes prateados a saltar na areia molhada e tentarmos adivinhar-lhes os nomes). bolas de berlim com creme. cornetos de morango. amoras das silvas do cimo da ladeira, quase junto à eira onde o milho secava depois de espontado. banhos de mangueira no quintal. muito rápidos, antes que a água fosse acabaar pois era hora de chegar toda a gente a casa. melão fresquinho. morangos. uvas morangueira da latada que fazia sombra sobre a mesa das refeições. sestas para retemperar energias. mergulhos no mar. e praia.
mas, o outono que -só - agora começa também me encanta.
a palete de cores nas árvores. entre os laranjas, castanhos e amarelados. o carro das castanhas a fumegar e a trazer o cheiro até nós quando o vento está de feição. aquela brisa fresquinha de manhã e à noite que obriga a um casaco mais forte. as primeiras chuvas. o cheiro da terra molhada. o sol de fim de tarde (exceto quando se conduz). as torradas inundadas de manteiga que se começam a comer. o cacau quente, quase que a chamar o frio do inverno. o cheiro da praia que agora passa a ser diferente. e podia escrever tantas coisas mais...
elas pulam lá dentro na cama e as gargalhadas ecoam pela casa.
de tal maneira que os gatos vieram para a minha beira tal é a excitação.
é tão bom ser pequenino e não entender patavina do que acontece no país e lá fora...
(a maior já sabe que o pai Natal não vai, novamente, poder trazer muitos brinquedos aos meninos, e até já combinámos em dar aqueles com que ela não brinca mais: mas deixamos a M. escolher alguns para ela, disse).


dois filmes sobre o amor.
cada qual conta a história à sua maneira.

da Suécia

chegou o prémio nobel da literatura.
para Tomas Transtromer. aos 80 anos.
entre outros, escreveu este sobre a minha Lisboa.

LISBOA


No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas subidas.
Havia duas prisões. Uma delas era para os gatunos.

... ... Eles acenavam através das grades.
Eles gritavam. Eles queriam ser fotografados!
"Mas aqui", dizia o revisor e ria baixinho, maliciosamente,
"aqui sentam-se os políticos". Eu vi a fachada, a fachada, a fachada
e em cima, a uma janela, um homem,
com um binóculo à frente dos olhos, espreitando
para além do mar.

A roupa pendia no azul. Os muros estavam quentes.
As moscas liam cartas microscópicas.
Seis anos mais tarde, perguntei a uma dama de Lisboa:
Isto é real, ou fui eu que sonhei?

(retirado da net. tradução de Luis Costa)

tradições

ainda existem.
se eles entram cá em casa, é certo que ocupam a minha cabeça sem pedir qualquer tipo de licença.
tem sido sempre assim. desde que me lembro de ser gente.
basta entrarem na casa onde habito, para virem habitar o meu cocuruto.
espero bem que tenham sido exterminados à primeira.
a A. chegou ao ponto de achar melhor cortar o cabelo...
eu não o queria fazer ao meu, mas se tiver de ser...

ah, e ainda dizem os especialistas que eles não gostam de cabelos pintados! o que se provou ser falso!
sangue doce. dizem que é o meu problema.
o céu hoje ganhou mais uma estrela.
mas a sua vida foi plena e nos últimos anos sofrida.
por mais egoísta que pareça, não valia a pena continuar a sofrer.
é com um sorriso doce que vou recordá-la e um obrigda por me fazer sentir da família.
até
e o mundo é uma bola de algodão, que está na nossa mão, e fica bem melhor se tu sorrires!
e o mundo é uma bola de algodão, que está na nossa mão, fazer feliz!


Demência



quanto está mais severa, custa. custa muito. custa ver aqueles olhos azuis baralhados, perdidos. uma voz que diz a mesma coisa vezes sem conta. sem perceber que se está a repetir. e nós, sem podermos fazer nada. nada a não ser minimizar a perda, porque dai a um momento, a mesma voz que estava perdida, encontra-se e não se lembra do que se passou.

não é alzheimer, nem parkisson. os primeiros diagnósticos pensados. anda lá perto, demasiado perto. tão perto que pode lá chegar.
e chegou de forma tão silenciosa.
é como diz o artigo: temos ainda grandes dificuldades em diagnosticar a doença em fases pré-simptomáticas o que complica qualquer tipo de estratégia terapêutica neuroprotectora.

"Alzheimer pode-nos fazer esquecer como indivíduos mas como sociedade não nos podemos esquecer dela"

porque hoje se assinala o dia internacional da alzheimer e neste "andar" também se fala de coisas sérias

cacahuetes


devorou o pacote que comprei, meio às escondidas, depois de saber que podia comer...
- a sério mãe?! ai se eu soubesse que podia... o T. levava para a escola e eu só cheirava. cheiram tão bem.
(agora é comprar e esconder no armário, já que há outra fã de cacahuetes cobertos de chocolate lá em casa)
está a acabar

se alguém se quiser chegar à frente...

coelho branco

"Era uma vez uma menina que se chamava Alice. Numa tarde de verão, depois do almoço, Alice adormeceu e teve um sonho muito estranho. Viu um Coelho Branco, que corria e repetia sem parar:

- Vou chegar tarde, vou chegar tarde!"




e está aberta a época oficial do corre-corre.

ainda não há atividades extra (ainda não foram escolhidas), mas o ritmo das férias acabou.

agora há horários para cumprir e voltam as rotinas que teimam em aparecer, todos os anos, por esta altura...


ainda não vi os carrinhos das castanhas assadas a fumegar, mas acho que também não deve faltar muito...

ah e isto quando ainda não me despedi da praia e do verão...

noites sem dormir

sinto falta de noites boas.
daquelas em que dormia de fio a pavio.
o tormento começa ao deitar, com a mais velha a não querer dormir invocando medos desconhecidos e suplicando pela presença de um adulto.
lágrimas grossas que lembra passados idos em que eu própria fugia para a cama da minha irmã.
e, quando tudo finalmente acalma, ao início da madrugada, quando tudo é silêncio lá fora e cá dentro só se ouvem os passos dos gatos, é a vez da mais nova.
pede leitinho e depois aconchego na nossa cama e não na dela.
não sei quanto tempo vou aguentar mais estas noites.
sinto falta de noites boas.

finanças

Vítor Gaspar tem em mim dois efeitos.
se, por um lado, quando o oiço, o seu discurso me faz sono (acho que não teria aguentado ser aluna do senhor sem nunca ter passado pelas brasas nas suas aulas), por outro, e o mais preocupante, é que aquilo que o seu discurso anuncia me tira realmente o sono...

noites más

as minhas filhas são a minha razão de viver.
mas durmo pior agora do que quando elas eram recém-nascidas.
a manter-se este ritmo vou ter de ir ali fazer uma cura de sono e voltar!
preciso de voltar a sentir emoção pela escrita

redescobri Sophia

Mar Sonoro

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,

A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Sophia de Mello Breyner Andresen

eu queria ter lá estado...


mas estive a trabalhar...

sonhos

entre muitas outras coisas:
eu gostava de fazer um curso de culinária.
eu gostava de fazer um curso de costura.

breathless

há dias assim.
ontem foi !
só hoje a árvore de natal foi desmanchada, com a M. a puxar e dessarumar tudo o que eram efeites.
com tosse, ranhos e choros à mistura, mas deu para dar uma arrumação à sala.
ela subia e descia o sofá. ela subia e descia a mesa. ela subia e descia a cadeira. pulava, dançava e cantava com o Panda na Tv. olhei e só as rosetas das bochechas denunciaram o seu estado: 38,8º de febre... e eu a pensar que já tinha cedido...
mais uma dose de aerossois, atrovent e ventilan um ben-u-run. leitinho e caminha. quando acordar será hora do antibiotico...
estou farta deste tempo!
vou espreitar o blogue e dizem-me do alto do ombro:
- isso ainda existe?
ISSO é o meu blogue e fiquei triste com a observação!
mas, a culpa é minha por isso tenho de retomar a escrita!
mais uma promessa, tantas vezes aqui repetida!
vamos ver se consigo cumprir...